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Sobre a MP da taxa��o das apostas, profissionais dizem que texto ainda est� vago e que Congresso poder� ajustar muitos aspectos

O universo das apostas on-line voltou a ser o assunto do momento ap�s o governo federal publicar no Di�rio Oficial da Uni�o desta ter�a-feira (25) uma Medida Provis�ria (MP) que taxa casas de apostas em apostas esportivas palpites hoje 18% sobre a receita bruta dos jogos, subtra�dos os pr�mios pagos aos apostadores.

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A nova regra tribut�ria vale a partir da publica��o da MP, mas precisa ser analisada pelo Congresso, que tem 120 dias para avaliar as regras. Pelos pr�ximos quatro meses, os apostadores acompanhar�o o desenrolar da nova medida. Veja o que muda na vida do apostador nesta mat�ria

A recente entrevista com o presidente do Flamengo neste blog teve enorme repercuss�o. H� cerca de duas semanas, Rodolfo Landim voltou a defender a SAF parcial do futebol rubro-negro em contato com os conselheiros do clube, tema que provocou debates ap�s a publica��o, em 17 de novembro.

Nesse encontro, o mandat�rio rubro-negro disse que o Flamengo � dos s�cios. A frase irritou torcedores que n�o pertencem ao quadro associativo da agremia��o, mas s�o S�cios Torcedores ou simplesmente flamenguistas, respons�veis pelo gigantismo do clube e seu enorme potencial, que gera faturamento bilion�rio.

Entramos novamente em contato com Landim para nos aprofundarmos nos temas. Na entrevista, feita por

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confer�ncia no dia 29 de novembro e complementada por WhatsApp, o presidente insistiu na SAF como melhor caminho para viabilizar o est�dio no Gas�metro (local priorit�rio para o clube). E deixou claro que n�o v� os milh�es de rubro-negros pelo mundo como "donos" do Flamengo, mas sim, clientes, como quem frequentemente bebe Coca-Cola.

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Por que n�o aceitar uma parceria na constru��o do est�dio, que vai surgir do zero, o parceiro estaria come�ando desde o in�cio ao lado do Flamengo, e desejar vender, como SAF, parte de algo maior, o futebol do clube, que ainda tem muito a se valorizar?

Nenhum clube de futebol d� lucro, algu�m tem participa��o porque d� outros benef�cios ao parceiro. A Allianz ganhou o naming rights do est�dio de Munique, a Adidas se associou ainda mais ao maior clube da Alemanha, a Audi tamb�m. Quando perguntei ao pessoal do Bayern quanto essas empresas ganham de dinheiro com isso, responderam que o arrecadado � investido no time. O clube n�o distribui dividendos e o Flamengo n�o teria esse objetivo, mas sim reinvestir no time para ser campe�o. O Bayern deu 4,8 milh�es de euros de lucro no ano. Pouco, n�o se associa a um clube para obter esse tipo de resultado.

Se a SAF n�o gera lucros financeiros, qual o objetivo?Participa��o estrat�gica. J� no est�dio o parceiro vai querer dividir o resultado financeiro, a bilheteria, o que for arrecadado. Eu rejeitei essa ideia sugerida pela Caixa (Econ�mica Federal) no governo passado. O controle ficaria com o Flamengo. Endividar o clube para fazer um est�dio? Sou contra, porque � poss�vel ergu�-lo sem criar d�vida e sem perder o controle. H� clubes que perderam capacidade de investimento porque t�m de pagar est�dio. Seria um modelo diferente dos que existem no Brasil. N�o entregaria o futebol ao investidor. E isso �, por enquanto, uma discuss�o, um debate que se abre para os s�cios do Flamengo, pois o Conselho Deliberativo � que vai definir.

Bancos e grandes montadoras, por exemplo, n�o costumam patrocinar times de futebol no Brasil. Haveria empresas interessadas nesse tipo de parceria, j� se estudou isso?O est�dio do Corinthians conseguiu naming rights, o Palmeiras tamb�m. Se pegar o Flamengo, o local onde queremos construir o est�dio... O avi�o chega ao Rio no (aeroporto) Santos Dumont e da janela voc� v� o est�dio com o letreiro em cima. Um cart�o postal. Acredito em participa��o de empresas, bancos. Fundos de investimentos estrangeiros teriam interesse. Seria muito grande a abertura que qualquer potencial s�cio do Flamengo teria. Mas � um teste, uma tentativa de levantar recursos sem endividar o clube. Aproveitar a solidez do nosso balan�o para buscar uma chamada de capital que nos d� possibilidade de construir um est�dio sem endividar o Flamengo. E � uma possibilidade.

E se os s�cios rejeitarem, qual plano B?Haveria alternativas. Naming rights, dinheiro que temos em caixa, venda de apartamentos do Morro da Vi�va (antiga propriedade do Flamengo na zona sul do Rio de Janeiro), vender os direitos de transmiss�o, como os clubes da Liga Forte fizeram pelos pr�ximos 50 anos, algo do que sou contra. Tem v�rias maneiras de financiar o est�dio, mas defendo fazer o que em nada afetaria minha receita futura, o est�dio s� poderia afetar positivamente e sem endividar o clube. N�o necessariamente teria que fazer a SAF.

O Vasco, clube, det�m 30% de seu futebol, a companhia americana 777 Partners comprou 70%. Ela manda no futebol vasca�no. Digamos que o Flamengo venda 25%. Quem estiver no poder coloca como condi��o indicar o CEO, mantendo o controle? Depois a gest�o tenta vender mais 25% e mais... At� onde iria? O que asseguraria que a SAF negociaria apenas um percentual menor do futebol do Flamengo? O que protegeria essa condi��o?A pr�pria reuni�o do conselho. Seja 20%, 25% ou 70% como o Vasco. Botafogo e Cruzeiro com cerca de 90%. E o conselho do Flamengo n�o vai aprovar uma venda majorit�ria. Esse conselho � formado por 2,5 mil pessoas que podem votar. � um col�gio amplo, grande em rela��o a outros clubes. Todos os contratos do Flamengo acima de R$ 6 milh�es, fora contrata��o de jogadores, passam por esse Conselho Deliberativo.

O senhor, como presidente, se compromete a defender uma venda de percentual menor que n�o tire o controle do futebol do clube?Essa � minha posi��o, sempre defendi isso. O Flamengo n�o precisa vender o controle do clube e trabalho todo dia para isso. Sempre serei contra, mas o clube n�o � meu, se algu�m propuser isso e aprovarem, serei contra. S� n�o posso garantir que isso n�o v� acontecer.

E por que n�o concorda com a venda de mais t�tulos de s�cios?A oposi��o reclama que o clube n�o emite t�tulos de s�cios propriet�rios. Um t�tulo custaria cerca de R$ 20 mil. Os benef�cios seriam votar para presidente e frequentar o clube social. Mas na pr�tica vale muito mais, porque ele � s�cio de um clube que d� R$ 350 milh�es de EBITDA (lucro antes dos descontos com impostos, juros, amortiza��o e deprecia��o) por ano. Se eu emito mais sete mil t�tulos por R$ 20 mil, seriam cerca de R$ 140 milh�es, mas acho que o Flamengo vale R$ 5 bilh�es. S� faria se fosse louco, irrespons�vel.

"O Flamengo n�o � nem meu nem seu, o Flamengo � de todos n�s que somos s�cios propriet�rios do clube". O senhor disse essa frase aos conselheiros recentemente. O Flamengo n�o � da torcida, que � a respons�vel pelo faturamento bilion�rio do clube?Para mim � muito claro. Quando voc� tem uma institui��o, uma empresa, o mais importante que ela tem � o cliente. O que e mais importante para a Coca-Cola? Os clientes que tomam Coca-Cola, s�o viciados em Coca-Cola. E para sobreviver ela precisa encantar seu cliente. Para mim o torcedor do Flamengo � o que de mais importante o clube tem. Temos que encantar o cliente, que � o torcedor do Flamengo. � isso o que o clube tem que fazer.

Ent�o o senhor n�o v� o torcedor como dono, emboraapostas esportivas palpites hojeexist�ncia gere a arrecada��o superior a R$ 1,2 bilh�o por ano, algo muito distante do que o clube social fatura...Dono da empresa � aquele que tem poder de decis�o. Eu poderia dizer que o Flamengo � do seus torcedores, mas seria uma ret�rica de pol�tico. O Botafogo � do (John) Textor. Se ele quiser vender o time inteiro, ele vende. A verdade � que o Flamengo � de seus s�cios, que s�o os gestores do clube. Mas isso n�o significa que eu d� menos valor � torcida. A empresa tem que trabalhar com os clientes. N�o estou dizendo que o torcedor n�o � importante, ele � o mais importante.

Ent�o o s�cio � o dono e o torcedor o cliente?Na pr�tica � isso. E � bom que se entenda que uma institui��o s� sobrevive quando tem os clientes querendo consumir seus produtos, como em qualquer companhia. N�o farei discursos demag�gicos, n�o sou demagogo, sou pr�tico.

Na entrevista anterior o senhor disse ser contra fazer do s�cio torcedor um eleitor, pois algu�m poderia lan�ar uma plataforma de promessas e quebraria o Flamengo. E ficaria mais f�cil emplacar um discurso populista. Mas os s�cios que hoje votam tamb�m podem eleger um populista, tanto que j� colocaram no poder presidentes que levaram o clube a uma situa��o desesperadora, endividado, sem perspectivas.O s�cio propriet�rio tem um ativo que � um t�tulo do Flamengo. Ele precisa pensar mais antes de tomar uma decis�o. Se as pessoas quiserem participar do processo, devem se associar. N�o acho correto a pessoa participar da decis�o sem colocar nada em risco. Ent�o, seja s�cio real do Flamengo, mas correndo o risco de perder seu patrim�nio. � melhor se eu, s�cio, tiver meu patrim�nio em risco.

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Uma curadoria di�ria com as opini�es dos colunistas do apostas esportivas palpites hoje sobre os principais assuntos do notici�rio.

Ent�o naapostas esportivas palpites hojevis�o o S�cio Torcedor n�o faz investimento compat�vel com o direito a voto?Nem todo tomador de Coca-Cola decidir� o futuro da Coca-Cola. O S�cio Torcedor n�o faz investimento para isso, ele foi criado com outro objetivo, ter desconto em ingressos, prioridade na compra etc.

Mas como tornar-se associado se o clube n�o abre venda de novos t�tulos de s�cios propriet�rios?Toda mercadoria tem valor de mercado, lei da oferta e da procura. Se a pessoa aparecer com dinheiro vai comprar.

Mas o senhor admite que o s�cio pode cometer o mesmo erro?Sim, mas vai comprometer o patrim�nio dele, colocando-o em risco.

O senhor teria uma fun��o, um cargo na SAF do Flamengo?As regras de governan�a � que definiriam. Mas com o controle sendo do Flamengo, seria uma decis�o do Conselho Diretor, com grande participa��o e poder decis�rio do presidente eleito. No Bayern, alguns executivos da SAF acumulam as mesmas fun��es como executivos da associa��o desportiva. A rigor, isso j� ocorre no Flamengo no caso do Maracan�, o senhor Severiano (Braga) foi apontado pelo Flamengo como gestor da futura empresa que estamos criando com o Fluminense para gerir o Maracan� em caso de vit�ria na licita��o.

� poss�vel que o senhor tenha uma fun��o nessa SAF?Depender� das regras de governan�a. Os s�cios do Flamengo podem preferir que o presidente acumule o cargo e presida a SAF. Ou que ele ajude a apontar, por exemplo, um profissional selecionado no mercado para a fun��o. A decis�o seria dos s�cios.

O senhor deseja seguir servindo ao Flamengo ap�s seu mandato?Esses �ltimos quase cinco anos da minha vida foram de dedica��o quase integral ao clube. Estaria mentindo para voc� se dissesse que ap�s o t�rmino do meu mandato, no final do pr�ximo ano, consideraria que a minha miss�o de ajudar o Flamengo estaria terminada e que n�o me importaria mais com o que viesse a acontecer ao clube. O Flamengo para mim � como um filho. O amor que sentimos nos faz n�o apenas desejar sempre o melhor para eles como nos colocar sempre a postos para ajudar no limite de nossa capacidade e disponibilidade.

Opini�o do blog: o futebol do Flamengo � a mola propulsora do faturamento bilion�rio do clube. Se hoje as cifras superam R$ 1,2 bilh�o por ano, � gra�as � modalidade, gra�as �s dezenas de milh�es de pessoas que sofrem e torcem pela camisa rubro-negra e se espalham por todos os cantos do pa�s e at� no exterior.

Restringir decis�es sobre o Flamengo, as vota��es de temas relevantes a um col�gio eleitoral de alguns poucos milhares � o mesmo que excluir a absoluta maioria dessas defini��es. Na vis�o de Rodolfo Landim a chamada "Na��o" serve para turbinar as finan�as rubro-negras, mas n�o tem capacidade de escolha.

Sim, os torcedores e s�cios torcedores podem votar mal, j� os s�cios do clube j� votaram mal, t�m esse passado. N�o por acaso a d�vida era absurda quando o grupo do qual o atual presidente faz parte assumiu a gest�o do Flamengo em 2013. O buraco era reflexo de p�ssimas gest�es, com direito a impeachment de ex-presidente,

Comparar torcedores a consumidores de um produto como a Coca-Cola � conveniente distor��o. Torcedor n�o muda de time, mas consumidor abre m�o de um produto que n�o o satisfaz mais. Se o refrigerante mudar o sabor para a pior, o sujeito para de compr�-lo, de beb�-lo. Times ruins n�o fazem algu�m mudar de time.

A SAF do Flamengo faria sentido se o clube tivesse batido no teto de seu faturamento. Mas o pr�prio Landim, ao dizer que o clube vale R$ 5 bilh�es, atesta que h� muito a crescer. Imagine que voc� tenha um terreno pr�ximo a uma futura esta��o de metr�. Obviamente ele vai se valorizar em breve. Voc� o venderia antes ou depois da valoriza��o?

Hoje o Flamengo j� tem custos elevados com o Maracan�. E um parceiro na gest�o, o Fluminense. Por que n�o poderia dividir parte das receitas do est�dio por alguns anos se esses parceiros ajudassem a erguer o futuro est�dio? E com o Conselho Deliberativo controlado por quem est� no poder, ningu�m poder� assegurar que n�o haver� venda de percentual superior a 50% do futebol rubro-negro em forma de SAF.

Vejamos se no Conselho esses e outros tantos argumentos sejam apresentados para contrapor as argumenta��es que v�m sendo defendidas por Rodolfo Landim.

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