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A senhorita Sanderson foi esposa de Pierre Vigny, que dirigiu, a partir da d�cada de 1890, uma escola de artes marciaisaposta futebol nordesteGenebra.

Em uma apari��o publicit�ria da escola de Vignyaposta futebol nordeste1908 sobre o tema da autodefesa, ela � chamada de "campe� de boxe".

Como tal, ela � provavelmente uma das primeiras e, na �poca, poucas pugilistas na Su��a.

The Bartitsu Society

Foi por volta de 1880 que algumas mulheres na Su��a pegaram suas luvas de boxe e entraramaposta futebol nordesteum ringue pela primeira vez.

Menosprezadas inicialmente como personagens para espet�culos de circo, as mulheres tiveram de lutar at� aos anos 90 para finalmente poderem participar de lutas reais e competir no esporte.

Este conte�do foi publicadoaposta futebol nordeste20.

fevereiro 2022 - 11:00

Michael Jucker, blog do Museu Nacional da Su��a

Em todo o mundo, pode encontrar-se uma grande variedade de culturasaposta futebol nordesteque a luta de punhos � praticada como esporte, arte ou autodefesa.

Provavelmente o tipo mais conhecido e mais difundido de luta de socos � o boxe moderno, que tem suas ra�zes na Inglaterra e foi a� praticado pela primeira vez com regras que ainda hoje s�o geralmente v�lidas.

� verdade que o boxe ainda � considerado um esporte masculino, um dom�nio de homens, violento e, dependendo da perspectiva de cada um, pode ser visto como brutal.

Mas, historicamente, o g�nero feminino tamb�m se distinguiu no boxe.

Desde os tempos antigos, o pugilismo tamb�m tem sido comum entre as mulheres.

No entanto, tal aspecto ainda � pouco estudado e permanece mal compreendido.

E �, portanto, o empenho das mulheres su��as para conquistar um lugar no boxe, no sentido mais verdadeiro da palavra, que deve ser mostrado a seguir:SWI swissinfo.

ch publica regularmente artigos do blogLink externo do Museu Nacional Su��o sobre temas hist�ricos.

Estes artigos est�o sempre dispon�veisaposta futebol nordestealem�o e geralmente tamb�maposta futebol nordestefranc�s e ingl�s.

Este post no blog � baseado nos primeiros resultados de pesquisa da tese de mestrado de Sven Gautschi intitulada "Mulheres e 'A arte masculina' na Su��a.

Uma primeira an�lise sobre o boxe eaposta futebol nordestedif�cil rela��o com a popula��o femininaLink externo".End of insertion

As primeiras refer�ncias concretas ao boxe feminino na Su��a datam de cerca de 1880.

Louis Brun, um professor de gin�stica e esgrima de Lausanne, e seu sogro C.

Reynold ofereciam treinamento de boxeaposta futebol nordestegrandes sal�es.

No entanto, estas foram dificilmente sess�es de treino para o boxe competitivo, mas para performances de natureza art�stica baseadasaposta futebol nordestet�cnicas de gin�stica, esgrima e autodefesa.

De acordo com os chamados pap�is de g�nero "naturais" da �poca, mas fundamentadosaposta futebol nordesteteorias pseudocient�ficas, as mulheres deveriam cuidar deaposta futebol nordestesa�de f�sica com a ajuda de gin�sticas "suaves" (o que significava principalmente a capacidade de gerar filhos a servi�o da na��o) e ser educadas para se tornarem "mo�as graciosas e elegantes".

Em conformidade com essa l�gica biol�gica, os homens tamb�m deveriam praticar esportes tendoaposta futebol nordestecontaaposta futebol nordestesa�de, a fim de poder transmitir "genes valiosos".

Para os homens, os cuidados preventivos de sa�de eram conotados com for�a e combate, capacitando-os a assegurar a "sobreviv�ncia do povo" como cidad�os e soldados.

Assim, as artes marciais como o boxe receberam o predicado "masculino", enquanto as mulheres que se aventuravam no boxe colocariamaposta futebol nordesterisco a pr�pria "beleza".

Certificado de participa��o de um curso de Louis Brunaposta futebol nordeste1905.

Archives cantonales vaudoises

At� 1910, novas academias de boxe destinadas ao p�blico feminino foram fundadas na Su��a franc�fona.

No entanto, elas representavam um fen�meno marginal no mundo do esporte e gin�stica su��os.

As primeiras pugilistas eram, portanto, muitas vezes as esposas ou filhas dos treinadores de boxe.

A partir da�, as academias concentraram-se conspicuamente na gin�stica e na dan�a.

Por conseguinte, o boxe especificamente feminino foi insidiosamente cortado pela raiz no instante de seu surgimento.

N�o � poss�vel determinar claramente por que isso aconteceu, mas alguns desenvolvimentos paralelos podem indicar por que raz�o o boxe feminino foi suplantado.

A funda��o da Federa��o Su��a de Boxe (FSB)aposta futebol nordeste1912 desempenhou um papel importante na defini��o do que se entendia por boxe na Su��a: uma arte marcial regida pelas regras do modelo ingl�s e reservada exclusivamente aos homens.

Al�m dos habituais estere�tipos de g�nero acima mencionados, a FSB foi igualmente orientada por alguns desenvolvimentos nacionais e internacionais.

O componente internacional foi fornecido pelo Comit� Ol�mpico Internacional (COI), que tamb�m s� incluiu o boxe masculinoaposta futebol nordesteseu programa, enquanto os impulsosaposta futebol nordesten�vel nacional vieram de institui��es estatais, a saber, a decis�o do ex�rcito e da pol�cia de introduzir o boxeaposta futebol nordesteseus programas de treinamento.

Todos esses desenvolvimentos convergiram para fomentar e refor�ar a concep��o masculina do boxe; a qual s� via consequ�ncias econ�micas e sociais negativas na propaga��o do boxe feminino.

Tamb�m nos EUA, o boxe feminino era principalmente, a princ�pio, um espet�culo.

Tal como as irm�s Gordon, as irm�s Bennett lutavamaposta futebol nordesteapresenta��es circenses para divertir o p�blico.Library of Congress

Boxe feminino, um agrad�vel divertimento

A partir de ent�o, as mulheres s� apareciamaposta futebol nordesteliga��o com o boxe na esfera n�o esportiva: como met�foras para viragos, como espectadoras emocionadas e chocadas com a dureza da luta masculina, e principalmente como parte importante de circos e shows de variedades, nos quais se encenavam regularmente lutas de boxe.

Uma pitada de erotismo e burlesco destinavam-se a atrair uma maioria de espectadores masculinos.

Esses tipos de shows eram sobretudo entretenimento que cimentavam ainda mais os pap�is de g�nero estabelecidos.

Essa percep��o � refor�ada a partir de 1950aposta futebol nordesteEstocolmo, quando o boxe feminino passa a fazer parte dos concursos de beleza.

Mais tarde, o boxe nu tamb�m foi introduzido, n�o para retomar antigos ideais, mas sim � como tantas vezes no boxe � para encontrar novas fontes de dinheiro.

O clamor coletivo foi certamente grande, mas de curta dura��o.

Um grupo de mulheres inglesas recebendo aulas de boxaposta futebol nordeste1929.Keystone / Imagno

Luta pela igualdade de direitos

Al�m disso, houve proibi��es oficiais que dificultaram a pr�tica do pugilismo por parte das mulheres.

O boxe feminino de competi��o n�o foi permitido pela FSB at� a d�cada de 1990, embora tenha lentamente ganho �mpeto na arena esportiva ap�s a introdu��o do sufr�gio femininoaposta futebol nordeste1971 e do artigo sobre a promo��o esportiva na Constitui��o Federalaposta futebol nordeste1972.

As preocupa��es (principalmente masculinas) de que este esporte era demasiado brutal e inadequado para as mulheres competirem persistiram por um tempo surpreendentemente longo.

No entanto, cresceu a percep��o, comoaposta futebol nordesteoutros esportes, de que o boxe � ben�fico para a sa�de, o condicionamento f�sico ou a autodefesa.

Tendo issoaposta futebol nordestemente, o clube de boxe de Basileia foi o primeiro,aposta futebol nordeste1992, a introduzir treinos de boxe e o boxe como exerc�cios f�sicos para mulheres.

Conte�do externo SRF: Bericht �ber den ersten Kampf zwischen zwei Frauen an den Amateurboxmeisterschaften, 1996

O ano de 1996 pode ser considerado um ponto de viragem.

Foi nesse ano que Christina Nigg, a atual e primeira presidente da Swiss Boxing (antiga FSB), entrou no ringue como boxeadora amadora.

Devido � regulamenta��o internacional, a Federa��o Su��a de Boxe teve de lhe emitir, embora com relut�ncia, uma licen�a de amadora.

O objetivo de Nigg era tamb�m o de obter uma licen�a profissional, mas a Federa��o recusou.

Ela foi ent�o para o exterior, obtendo licen�as na Alemanha e nos Estados Unidos.

Em 1999, ap�s uma longa luta contra o preconceito e pela causa do boxe feminino, Nigg tornou-se a primeira mulher na Su��a a receber uma licen�a profissional.

Isso s� depois de ela obter o t�tulo de campe� mundialaposta futebol nordeste1998.

Nigg ainda faz campanha pela igualdade de g�nero no boxe, j� n�o com os punhos, mas com bons argumentos contra falsas opini�es de que, por exemplo, o boxe causa c�ncer de mama ou outros riscos de natureza m�dica.

A imagem das boxeadoras na Su��a mudou assimaposta futebol nordesteum espa�o de tempo relativamente curto.

No in�cio do s�culo 20, o boxe feminino quase se imp�s,aposta futebol nordesteparticular, na regi�o de Genebra; masaposta futebol nordesteevolu��o foi interrompida.

Ela passou de lutas clandestinas, circenses ou tingidas de erotismo reprov�vel para uma disciplina esportiva reconhecida � uma vit�ria �rdua e obtida gra�as a lutadoras solit�rias como Christina Nigg ou Anyia Seki.

Como muitas coisas na Su��a, esse processo levou comparativamente mais tempo do queaposta futebol nordesteoutros lugares, e ainda � preciso avan�os: as desigualdades nas receitas publicit�rias, as oportunidades de treinamento e as disparidades salariais entre homens e mulheres ainda est�o longe de terminar.

Adapta��o: Karleno Bocarro

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