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Casos de atitudes de �dio motivadas pelo preconceito racial s�o rotinasite de apostmuitas localidades.

O que historicamente deveria ter ficado no passado, com a aboli��o da escravatura, ressurge com for�a cada vez maior atualmente.

O racismo � um problema estrutural da sociedade brasileira e se engana quem acha que a educa��o tem sido suficiente para mitigar o preconceito.

A polariza��o da vida social brasileira nos �ltimos tempos trouxe � tona a manifesta��o do racismo emsite de apostforma mais cruel.

At� mesmo o esporte, que � constantemente palco de manifesta��es de combate ao preconceito racial e f�brica de �dolos de pele negra, tem visto um crescimento alarmante de casos de racismo.

Somentesite de apost2019, os casos de inj�ria racial no esporte brasileiro cresceram a ponto de atingir o maior �ndicesite de apostcinco anos.

Estes dados s�o do futebol, mas sabemos que as atitudes acontecemsite de apostoutras modalidades esportivas.

Os atos v�o desde ofensas verbais como chamar o outro de macaco, atitudes depreciativas como atirar bananas para dentro do campo na dire��o de jogadores da ra�a negra e at� atos mais graves como a depreda��o de bens pessoaissite de apostraz�o da cor da pele.

E as atitudes racistas n�o ficam restritas �s torcidas e �s arquibancadas, como muitos podem pensar, e acontecem tamb�m dentro de quadra ou campo, entre atletas, jogadores e companheiro de equipe.

H� ainda quem minimize o impacto de atitudes como estas nos gramados brasileiros.

Recentemente, isto ficou bem claro na fala do consagrado t�cnico Vanderlei Luxemburgo, que alegou n�o concordar que provoca��es como chamar o outro de macaco para desestabiliz�-lo emocionalmente deva ser considerado racismo.

E completou dizendo que racismo puro seria apenas o que ocorreu no pol�mico caso de assassinato de George Floyd por policiais americanos.

Absurdo e talvez ir�nico que, num pa�s com uma das maiores popula��es negras do mundo (ficando atr�s somente da Nig�ria) e, principalmente, no campo dos esportes onde o atleta negro se destaca de forma natural, atitudes como estas ainda aconte�am e sejam toleradas.

Basta analisarmos a gen�tica, que comprova que pessoas da ra�a negra possuem um percentual maior de c�lulas musculares de contra��o r�pida � aquelas respons�veis pela velocidade, pot�ncia e explos�o muscular � para concluirmos que a ra�a que se considera t�o superior por possuir a pele branca, �, na verdade, bem inferior na maioria das modalidades esportivas.

Al�m disso, um r�pido levantamento dos maiores atletas do passado e da atualidade nos traz nomes como Muhamad Ali, Pel�, Michael Jordan, Usain Bolt e Lebron James, todos, coincidentemente ou n�o, pertencentes a ra�a considerada "inferior" por aqueles que se sentem no direito de praticar atos de racismo.

T�cnicos, torcedores e amantes do esporte devem as maiores conquistas de seus clubes e times, seja no futebol, no basquete ousite de apostqualquer modalidade esportiva, a atletas negros.

Prova de que a cor da pele n�o determina nada, a n�o ser uma consider�vel vantagem nos esportes.

* Fernanda Let�cia de Souza (foto) � especialistasite de apostFisiologia do exerc�cio e prescri��o do exerc�cio f�sico, � professora da �rea de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de licenciatura e bachareladosite de apostEduca��o F�sica da Uninter.

* Foto principal: jogadores do Liverpoolsite de apostprotesto contra o racismo.

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Autor:

Fernanda Let�cia de Souza*

Cr�ditos do Fot�grafo: Twitter Liverpool/Reprodu��o