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Em setembro de 2015 foi anunciado pela editora norte-americana DC Comics que o escritor Ben Kusebel deixaria a editora para assumir o projeto de "Eterna Commanders" como escritor de "Black Panther", um livro de mem�rias ficcional de Kree que trata de um detetive particular que tem de enfrentar a corrup��o do governo fict�cio, mas tem que se mudar para Washington DC para descobrir que jogar na mega da virada 2024 online fam�lia est� envolvida no esquema da corrup��o e da m�fia da m�fia dos Estados Unidos, bem como por descobrir que seu passado com o ex-presidente de jogar na mega da virada 2024 online Casa Branca est� ligado av�rios crimes.

O livro conta a hist�ria de quando Kusebel escreveu "Eterna Commanders", como um escritor que teve uma boa experi�ncia como escritor de quadrinhos, ao escrever "Black Panther 2.0" em 2004.

Ele tamb�m escreveu "The Sluggle" "para PlayStation" e "The World's End", ambos como um escritor de quadrinhos.

Eventualmente, Kusebel deixou o projeto da hist�ria "Eterna Commanders" em janeiro de 2016.

O autor foi anunciado como novo roteirista de "Eterna Commanders".

O que explica o futebol ser um dos esportes mais populares entre mulheres nos EUA

Cr�dito, Getty Images

Author, Alessandra Corr�a

Role, De Washington para a BBC News Brasil4 agosto 2023

No esporte mais popular do mundo, os Estados Unidos ocupam uma posi��o curiosa.

Enquanto o futebol masculino do pa�s nunca chegou ao topo e nem consegue gerar tanta empolga��o quanto modalidades como o futebol americano, o beisebol ou o basquete, jogar na mega da virada 2024 online sele��o feminina � uma pot�ncia que h� d�cadas domina o ranking mundial.

Se na maioria dos pa�ses o futebol ainda � considerado por muitos um reduto masculino, nos Estados Unidos � diferente.

O futebol sempre foi visto mais como um esporte feminino e � um dos mais populares entre as mulheres no pa�s, ao lado de atletismo, v�lei e basquete.

"O futebol n�o se encaixa necessariamente no tipo americano de hipermasculinidade, diferentemente do que ocorre no resto do mundo", diz � BBC News Brasil a especialista em futebol Eileen Narcotta-Welp, professora de Ci�ncia do Esporte na Universidade de Wisconsin, em La Crosse.

Ela ressalta que, nos Estados Unidos, s�o esportes como o futebol americano que representam essa masculinidade.

"Isso deixou uma abertura para que as mulheres pudessem jogar futebol, porque era considerado menos masculino", salienta.

Mas a popularidade do futebol feminino no pa�s, e a domin�ncia de jogar na mega da virada 2024 online sele��o no cen�rio mundial, n�o ocorreram por acaso, e s�o fruto de uma s�rie de fatores hist�ricos, culturais e pol�ticos, entre eles a luta por igualdade de g�nero.

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Epis�dios Fim do Podcast

No in�cio da d�cada de 1970, quando pa�ses como o Brasil ainda proibiam a pr�tica do futebol feminino, os Estados Unidos adotaram uma lei federal que ficou conhecida como Title IX (T�tulo IX).

Essa lei, sancionada pelo ent�o presidente Richard Nixon em 1972, proibia "discrimina��o com base em sexo" na educa��o.

O foco original n�o era especificamente o esporte, e a lei englobava qualquer programa ou atividade de educa��o que recebesse financiamento federal.

O objetivo era impedir que meninas e mulheres sofressem discrimina��o em institui��es de ensino e garantir que tivessem igualdade de oportunidades.

Mas logo o impacto come�ou a ser sentido nos esportes e, especificamente, no futebol feminino.

Para cumprir a lei, escolas e universidades foram obrigadas a reduzir as discrep�ncias vigentes na �poca e a garantir que meninas e mulheres tivessem o mesmo tipo de acesso � pr�tica de esportes oferecido a estudantes do sexo masculino.

Nesse contexto, o futebol despontou como uma maneira de se adaptar �s mudan�as.

O grande n�mero de atletas nos times, com 11 jogadores, al�m dos reservas, facilitava a inclus�o de mais meninas e mulheres.

Al�m disso, a pr�tica exigia apenas um campo, uma bola e balizas, o que representava uma op��o de baixo custo para as institui��es de ensino.

"Para os diretores esportivos, fazia muito sentido, tanto em termos de n�meros quanto de recursos", afirma Narcotta-Welp, que durante dez anos atuou como t�cnica de futebol em times de diferentes universidades americanas.

Cr�dito, Getty Images Legenda da foto, Sele��o dos EUA est� classificada para as oitavas de final da Copa do MundoCrescimento

A lei foi inicialmente recebida com resist�ncia por parte das institui��es de ensino e da Associa��o Atl�tica Universit�ria Nacional (NCAA, na sigla em ingl�s), respons�vel pelos programas de esportes nas universidades do pa�s.

No entanto, nos anos seguintes as escolas acabaram tendo de aceitar e come�aram a se adaptar, e a partir da d�cada de 1980 os resultados come�aram a ficar mais vis�veis.

O incentivo e as oportunidades para que meninas e mulheres praticassem futebol levaram a uma explos�o no n�mero de estudantes dedicadas ao esporte em escolas, universidades e clubes do pa�s.

Em 1971, um ano antes de a lei entrar em vigor, apenas 700 alunas do Ensino M�dio nos Estados Unidos praticavam futebol, segundo dados da Federa��o Nacional das Associa��es Estaduais de Ensino M�dio.

Vinte anos depois, em 1991, quando foi realizada a primeira Copa do Mundo de futebol feminino, esse n�mero havia saltado para mais de 121 mil.

No ano passado, eram 375 mil.

No n�vel universit�rio, a temporada de 1971-1972 tinha apenas 313 jogadoras, segundo dados da NCAA.

Dez anos depois, eram 1.

855 atletas do sexo feminino em 80 times.

Atualmente, s�o 28 mil jogadoras em mais de mil times.

No caso das universidades, um avan�o importante desde a implementa��o da lei tamb�m foi o n�mero equivalente de bolsas de estudos oferecidas a atletas de ambos os sexos, o que abriu caminho para que muitas mulheres pudessem usar seu talento nos esportes e, especificamente, no futebol, para obter acesso ao ensino superior.

"A oportunidade de jogar futebol universit�rio e ganhar uma bolsa de estudos tamb�m foi um empurr�o para o futebol feminino, sem falar no sucesso da sele��o feminina dos Estados Unidos em campo", ressalta Narcotta-Welp.

Hoje, mais de 50 anos ap�s ter entrado em vigor, a lei beneficiou gera��es de atletas e � considerada um exemplo de sucesso no desenvolvimento do esporte feminino.

O investimento nesse esporte gerou um enorme banco de talentos, de onde as melhores acabam na sele��o americana.

Cr�dito, Getty Images Legenda da foto, F�s da sele��o feminina de futebol dos EUA durante a Copa do Mundo de 2023Proibi��o

Mas a lideran�a dos Estados Unidos no futebol feminino n�o � resultado exclusivo da lei.

Narcotta-Welp observa que, enquanto a lei afetou apenas institui��es de ensino, o futebol vinha ao mesmo tempo conquistando outros locais, como clubes e espa�os comunit�rios.

"Pais e m�es viam o futebol como um tipo de esporte n�o violento, ao contr�rio do futebol americano", afirma Narcotta-Welp.

"Houve um aumento no n�mero de meninas praticando futebol, porque era considerado um esporte mais igualit�rio, que todos podiam jogar."

Outros fatores tamb�m contribu�ram para a domin�ncia americana, inclusive as d�cadas de neglig�ncia ou at� mesmo de proibi��o do esporte em outros pa�ses, sob a justificativa de que seria prejudicial � sa�de ou � fertilidade das mulheres.

No Brasil, as mulheres foram proibidas de praticar futebol por quase quatro d�cadas, devido a uma lei que vigorou de 1941 a 1979.

O futebol feminino s� foi regulamentado no pa�s em 1983.

Na Inglaterra, jogos de futebol feminino foram banidos por meio s�culo, a partir de 1921.

A Alemanha proibiu o futebol feminino profissional de 1955 a 1970.

Assim, enquanto nos Estados Unidos meninas tinham oportunidade de jogar e recebiam treinamento desde jovens, proibi��es nesses e em v�rios outros pa�ses resultavam na falta de incentivo e investimentos no futebol feminino.

Vit�rias

A sele��o dos Estados Unidos foi formada em meados da d�cada de 1980 e, quando a primeira Copa do Mundo de futebol feminino foi realizada, em 1991, na China, a equipe americana foi a campe�, batendo a Noruega.

Essa vit�ria, apesar de comemorada pelos torcedores mais atentos, n�o gerou muita aten��o nos Estados Unidos.

Cinco anos depois, os Jogos Ol�mpicos de 1996, realizados em Atlanta, foram os primeiros a incluir o futebol feminino, e a sele��o americana conquistou a medalha de ouro, vencendo a China.

A equipe campe� contava com jogadoras como Mia Hamm, que durante anos foi o retrato do futebol feminino no pa�s.

Mas foi somente na Copa do Mundo de 1999, realizada nos Estados Unidos, que a sele��o americana consolidou jogar na mega da virada 2024 online popularidade com o p�blico.

Na partida final, a equipe venceu a China nos p�naltis, diante de um est�dio lotado com 90 mil pessoas e mais de 40 milh�es de espectadores pela TV.

Segundo Narcotta-Welp, se para quem j� acompanhava futebol de perto o ponto de virada ocorreu com a vit�ria na copa de 1991, para o p�blico leigo o marco foi 1999.

Al�m de Mia Hamm, a sele��o de 1999 transformou em estrelas outras jogadoras, como Brandi Chastain e Michelle Akers.

Muitas atra�ram publicidade e o patroc�nio de marcas famosas, como Nike, e passaram a ser idolatradas por meninas em todo o pa�s, que sonhavam com uma carreira no futebol.

Cr�dito, Getty Images Legenda da foto, A equipe dos EUA antes da final do futebol feminino nas Olimp�adas de Sydney, na Austr�lia, em 28 de setembro de 2000.

A Noruega venceu por 3 a 2

Nos anos seguintes, a equipe americana venceu mais duas copas do mundo, em 2015 e 2019.

O resultado � ainda mais impressionante quando se considera que a copa feminina atual � apenas a nona a ser realizada.

Os Estados Unidos venceram metade dos oito campeonatos anteriores.

O futebol feminino do pa�s tamb�m levou ouro em outras tr�s olimp�adas (2004, 2008 e 2012), al�m de v�rias vit�rias em campeonatos diversos.

A lideran�a da sele��o americana como n�mero um do mundo, no topo do ranking da Fifa, contrasta com o desempenho da equipe de futebol masculino, que ocupa a 11� posi��o e nunca venceu uma Copa do Mundo.

Mas mesmo com essa superioridade, as mulheres passaram anos sendo pagas bem menos do que os jogadores do sexo masculino e enfrentando outras desigualdades em diversos aspectos, desde a qualidade das acomoda��es em viagens at� condi��es gerais de jogo.

Foi somente em 2022 que as jogadoras conquistaram igualdade de sal�rios, depois de processarem a Federa��o de Futebol dos Estados Unidos e obterem um acordo sem precedentes no valor de US$ 24 milh�es.

Segundo Narcotta-Welp, apesar do resultado positivo, ainda � incerto o impacto dessa vit�ria para jogadoras que n�o est�o no topo.

"Tenho certeza de que algumas desigualdades ir�o permanecer", afirma.

Cr�dito, Getty Images Legenda da foto, Sele��o dos EUA com a medalha de ouro da Olimp�ada de Londres, em 2012Futuro

A trajet�ria de mais de tr�s d�cadas de sucesso no futebol feminino dos Estados Unidos gerou impacto no esporte ao redor do mundo.

Jogadoras de v�rios pa�ses buscam treinar e jogar em universidades e clubes americanos.

Uma an�lise do jornal USA Today calcula que, entre as 32 sele��es que participam da atual Copa do Mundo, 27 t�m jogadoras com algum tipo de liga��o com os Estados Unidos.

O jornal cita entre elas a brasileira Marta, que joga no Orlando Pride, da Fl�rida, e j� passou por outros clubes no pa�s.

Recentemente, outros pa�ses v�m recuperando o tempo perdido, com maior interesse e investimento no esporte, o que pode representar desafios para os Estados Unidos.

No ranking mais recente da Fifa, o pa�s � seguido por Alemanha, Su�cia, Inglaterra e Fran�a.

A sele��o brasileira aparece em oitavo lugar.

Narcotta-Welp salienta que, enquanto nos Estados Unidos, o futebol universit�rio continua sendo o destino natural de atletas que come�am a praticar o esporte na escola, pa�ses como Alemanha ou Fran�a est�o identificando talentos mais cedo e colocando essas jogadoras diretamente em ligas profissionais.

"Creio que h� atualmente uma tentativa de fazer essa transi��o (nos Estados Unidos)", diz.

"Acho que vamos come�ar a ver mais e mais jogadoras pulando a universidade para jogar (diretamente) na liga profissional", aposta.

A professora acredita que o atual momento � de "uma nova ordem mundial" no futebol feminino.

Ela prev� que a sele��o americana deve continuar entre as principais do mundo, mas adverte que outras equipes est�o ficando cada vez melhores.